Oliva

 






Cheguei à porta do prédio e  entrei nem foi preciso usar as chaves que retirei do cofre, pois a porta estava aberta.

Subi até ao primeiro andar e tentei abrir a porta do apartamento da Oliva com a chave e nenhuma das chaves funcionava bati à porta mas não obtive resposta. Fiz várias tentativas inclusive, desci novamente as escadas e fui buscar a segunda chave. Nenhuma das chaves funcionava. Estava a ponto de telefonar para o escritório a reclamar, quando empurre a porta e descobri que afinal a porta estava aberta e com o ferrolho travado para impedir a porta de se fechar e trancar. Entrei e deparei/me com a Oliva a arrastar os pés para ir à casa de banho, quando terminou o que tinha a fazer no WC, voltou para a sala, sentamo-nos a conversar até quase à uma da madrugada, o que achei curioso, foi o facto de ver imensas fotografias dela ao lado do pai dela, mas nenhuma dela ao lado da mãe, imensas fotos do pai mas nenhuma foto da mãe, decidi então perguntar-lhe sobre a mãe dela, respondeu pura e simplesmente que não gostava da mãe. Apesar de a mãe dela já há muito ter deixado o mundo dos vivos, eu senti a dor de uma mãe rejeitada por um filho ou filha ou mesmo pelos filhos, é uma dor para a qual não existe explicação.

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